Esse romance, publicado em 1881, marca o início do Realismo no Brasil. Em vez de oferecer uma trama cheia de peripécias e lances de suspense e emoção, como faziam os outros escritores da época, Machado apresenta uma história lenta, repleta de digressões e narrada de maneira irreverente e irônica por um "defunto autor". Todo escrito em capítulos curtos, o romance começa com Brás Cubas, o narrador, contando a própria morte; depois, em retrospectiva, ele vai narrando os momentos principais de sua vida. Recorda sua paixão juvenil pela prostituta Marcela, que o amou "durante quinze meses e onze contos de réis". O pai, assustado com as despesas do filho, decide separá-lo de Marcela e o envia a Portugal, para terminar os estudos. Brás volta doutor e logo se envolve com Virgília. Mas o namoro não o entusiasma e ela acaba se casando com Lobo Neves. Brás fica solteiro e, anos depois, reencontra Virgília e se tornam amantes. Esse amor clandestino termina quando Lobo Neves é transferido do Rio de Janeiro. Depois de um tempo, quando o casal retorna, Brás e Virgília não reatam seu relacionamento amoroso. Brás não tem um projeto definido para sua vida. Muito rico, não precisa trabalhar, e vai vivendo ao sabor das circunstâncias, desiludindo seu pai, que morre sem vê-lo brilhar na vida. Brás faz amizade com um sujeito metido a filósofo chamado Quincas Borba, que mais tarde acaba enlouquecendo. Aos sessenta e quatro anos, Brás Cubas pega uma pneumonia e morre.
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